Reunião sobre reajuste nas tarifas de abastecimento de água e falta de transparência do SISAR, gera indignação na população do Distrito de Lagoa de Santo Antônio-Ararendá-CE

Mesmo com o horário desfavorável, às 14h00 quando muitos estão trabalhando ou descansando, na tarde de quarta-feira (9) de abril foi realizada uma reunião marcada pela associação do Distrito de Lagoa de Santo, município de Ararendá-CE, em conjunto com o SISAR, para tratar de reajustes nas tarifas de abastecimento de água.

A reunião contou com a presença da ex-vice-prefeita Dona Beta Sena, dos vereadores Cabilouro e Agnaldo, além de diversos membros da comunidade. A população se mostrou bastante indignada com a falta de respeito e as imposições arbitrárias de reajuste apresentadas.

Os representantes do SISAR propuseram um novo valor para custear um segundo operador, elevando a taxa individual de R$ 3,00 para valores entre R$ 4,50 e R$ 6,00, além da taxa já existente de R$ 27,00, o que geraria um aumento considerável na conta dos usuários.

A comunidade rejeitou a proposta, exigindo transparência do SISAR, especialmente em relação a reajustes feitos sem diálogo com os moradores. Foi cobrado mais respeito com o povo e solicitado, ao menos, um escritório local para atendimento básico, como segunda via de contas ou registro de reclamações — atualmente, o único escritório fica em Crateús, a 100 km de distância, o que foi considerado um verdadeiro absurdo.

A população deixou claro que não é contra o reajuste do salário dos trabalhadores, mas que esse valor deveria sair dos recursos já arrecadados pelo SISAR. Com mais de 600 residências na área, a arrecadação mensal ultrapassa R$ 16 mil, e pouco investimento tem sido percebido na comunidade. Segundo os moradores, o SISAR só aparece para anunciar aumentos.

Para completar o descontentamento, ao final da reunião, a representante do SISAR anunciou, sem constrangimento, que o reajuste de R$ 2,55 já estava aprovado e seria cobrado a partir do próximo mês. O mais revoltante é que a decisão foi tomada sem consulta à população, sendo aprovada apenas pelo presidente da associação — o que reforça a crítica de que as decisões são tomadas entre representantes e empresa, sem qualquer participação popular.

A mensagem foi clara: ou a comunidade se mobiliza e exige mudança, ou continuará refém dessas práticas abusivas.

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