Prefeitura de Ipueiras anuncia suspensão de serviços públicos e culpa Câmara Municipal
A Prefeitura de Ipueiras anunciou à população, neste sábado (13), a suspensão de serviços públicos. Conforme a prefeitura, a medida foi tomada por não haver limite de crédito legais para a gestão cumprir com as obrigações. Entre as suspensões estão a coleta de lixo, transporte escolar, realização de cirurgias e exames, troca de lâmpadas, obras de pavimentação e todos os serviços que dependem do uso de combustível.
A reportagem do Diário do Nordeste procurou a Câmara Municipal de Ipueiras, mas não recebeu retorno.
COFRES PÚBLICOS
O prefeito Junior do Titico (MDB) diz que a prefeitura está saudável financeiramente, com cerca de R$ 25 milhões nos cofres, mas que não pode gastar por conta da falta de limite de crédito financeiro previsto no orçamento vigente.
A gestão enviou projeto de suplementação orçamentária, mas não foi aprovado pelos vereadores.
Entre as suspensões estão a coleta de lixo, transporte escolar, realização de cirurgias e exames, troca de lâmpadas, obras de pavimentação e todos os serviços que dependem do uso de combustível.
O Diário do Nordeste procurou a Câmara Municipal de Ipueiras, mas não recebeu retorno.
Para solucionar o impasse, a prefeitura encaminhou Projeto de Lei à Câmara Municipal para a aprovação de uma nova suplementação orçamentária, permitindo que o Poder Público utilizasse o dinheiro em caixa para manter os serviços funcionando.
De acordo com o prefeito, vereadores de oposição acabaram não permitindo a provação da matéria, deixando a gestão em um cenário de crise.
“As alterações feitas pela bancada de oposição no Projeto de Lei, votado nesta semana na Câmara Municipal, impossibilitam que serviços essenciais continuem funcionando”, declarou o gestor nas redes sociais.
Ainda segundo o emedebista, a gestão pediu, além do crédito para pagamento dos servidores, “o aumento no limite da suplementação de crédito de 30% para 70%, mas foi negado mais uma vez”.
Para o prefeito, a decisão da Câmara tem motivação política, prejudicando a administração pública.
“O mais interessante é que, nos anos anteriores, a Câmara sempre aprovou 100% para esse limite. Isso deixa claro a má fé por parte desses vereadores de oposição e o interesse de prejudicar a população”, disse.
A prefeitura promete acionar o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para denunciar a situação enfrentada pelo Município.
Por: Diário do Nordeste